Matheus Fayad (2º semestre)
A Maison Valentino, fundada em 1957 por Valentino Garavani, é uma das mais tradicionais grifes de luxo italianas.
Valentino iniciou seus estudos de moda em Paris. No começo dos anos 1960 ele volta a seu país natal, abre um estúdio em Roma e, em 1962, apresenta sua primeira coleção na cidade de Florença, o que foi um sucesso. O estilista se tornou um ícone da moda, vestindo várias personalidades do momento. Ainda nessa época, bomba uma de suas mais icônicas criações: o vermelho Valentino, popularizado pelos seus vestidos da cor. O sucesso foi tão grande que, atualmente, a marca possui uma divisão chamada Red Valentino, que tem como objetivo trazer peças contemporâneas, mas sempre mantendo o clássico estilo da marca.
No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, Valentino cresceu internacionalmente, criando uma parceria com a Giancarlo Giammetti e em 1967 ganhando o prêmio Neiman Marcus Fashion Award pela sua coleção “Valentino’s White”, onde o icônico “V” da marca surgiu. Em 1968, a primeira loja em Paris é inaugurada.
A década de 1970 foi marcada pelo lançamento das linhas femininas e masculinas de ready-to-wear e da inauguração das lojas da marca em Roma e em Milão. Em 1975, aconteceu o primeiro desfile da marca na cidade de Paris, logo depois, em 1978, a loja de Tóquio, no Japão foi inaugurada.
Na década de 1980, Valentino conseguiu entrar para a câmara sindical de alta costura, em que apenas estilistas franceses conseguiam cumprir os rigorosos requisitos. O estilista foi o primeiro italiano a ser aceito nesse seleto grupo. Já nos anos 1990, mais precisamente em 1991, o estilista cria, em protesto contra a guerra do golfo, o que foi chamado de “O vestido da Paz”, um vestido branco com a palavra ‘paz’ escrito em 14 línguas diferentes.
No final dos anos 1990, a marca foi vendida para o grupo Fiat. A estratégia utilizada não funcionou, fazendo a marca ser vendida novamente, em 2002, para o Martozzo Group, conglomerado de marcas. Em 2003, foi lançada a marca Red Valentino, como uma divisão da grife.
Em 2007, o estilista, já com 75 anos, anunciou sua aposentadoria com um último desfile lendário na cidade de Paris. A apresentação contou com grandes personalidades. Apenas em 2012, a marca chegou ao Brasil, inaugurando sua loja no shopping Cidade Jardim, na cidade de São Paulo.
A Valentino nos dias atuais
Atualmente, a grife tem como seu diretor criativo Pierpaolo Piccioli, que em 2019 foi listado pela revista Times como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em entrevista para a revista Vogue, o estilista diz: “Quero adotar mais cultura, mais pessoas, mais diversidade, por meio da Valentino”.
A marca, nos dias de hoje, mesmo estando em quarto lugar no The Lyst Index, que lista as marcas mais populares do momento, ainda continua popular. A jornalista e fundadora da agência TGB Comunicação, Tabata Bocatto, conta que a Valentino, embora tenha anos de tradição e uma incrível história, carece de uma melhor comunicação. “É uma marca que precisa de um trabalho mais focado na comunicação e no digital. A grife precisa contar mais a história da marca e trazer mais inovações, apesar de ter produtos que se vendem muito bem, ainda falta um melhor posicionamento”, ressalta.