A sutileza é o caminho para a inclusão. Esse foi o tom da fala da blogueira Heloisa Rocha para definir como devem ser tratadas as pessoas com deficiência quando o assunto é acessibilidade, especialmente na moda.
Portadora de osteogênese imperfeita – uma doença genética que afeta os ossos e compromete o desenvolvimento –, a jornalista esteve entre os palestrantes da 20° edição do Pop Plus, principal feira do mercado GG, que debateu o tema ‘Outras realidades’.
Com a proposta de lançar um olhar sobre as minorias com o mundo da moda, as discussões trataram desde as dificuldades físicas, como o acesso de deficientes físicos a provadores de lojas, até a importância da comunicação com indivíduos surdos e/ou mudos. “É de extrema importância o ensino da linguagem dos sinais para o bom convívio em sociedade”, afirmou Karina Zanzini, pedagoga e presidente do Instituto Surdo Mudo.
Já Michele Simões, cadeirante e dona do Instagram “Meu corpo é real” destacou um único ponto que faz a diferença no seu look do dia: ele é sentado. Sempre. Então o que faltam são inspirações para se manter elegante sem estar em pé. Ela também enfatizou o problema ergonômico das peças. Ao usar um blazer, por exemplo, pela posição em que fica o dia inteiro, a gola sobe, e não fica em seu devido lugar, desarrumando o look.
Mas essa realidade está mudando. O mercado plus size ganhou visibilidade graças a movimentos iniciados pelas próprias consumidoras, espera-se que o mesmo aconteça com as mulheres deficientes.
Por Beatriz Poletto
Edição: Carolina Brandileone