Matheus Fayad (2º semestre)
A Balenciaga, hoje em dia, é uma das maiores referências de luxo e streetwear no mundo da moda. Cristóbal Balenciaga, diferentemente de grande parte dos estilistas do século XX, nasceu na Espanha, mais precisamente na região de Basca. Balenciaga era um gênio. Com apenas 12 anos desenhou seu primeiro vestido e em 1918 abriu seu primeiro ateliê, já formado em alfaiataria, o qual fez muito sucesso. Em poucos anos, abriu lojas em Barcelona e Madri (as duas maiores cidades do país) e ainda criava diretamente para a família real.
Nos anos 1930, com a guerra civil espanhola, o estilista foi obrigado a fechar suas lojas em seu país natal e foi para Londres como refugiado. Entretanto, foi em Paris que o estilista fez história: em 1937 abriu sua primeira loja na capital francesa. A partir daí, o estilista ficou conhecido pela perfeição e delicadeza em sua confecção e seu trabalho foi prestigiado até por Coco Chanel e Christian Dior.
Um dos aspectos mais importantes de seu trabalho é a cultura e a história da Espanha. O estilista sempre tentou trazer referências espanholas em suas confecções. Além disso, Balenciaga se inspirou muito em obras de arte para fazer suas criações. No ano de 2019 foi feita uma exposição em Madrid comparando inúmeras peças do estilista com obras de arte.
No início dos anos 1940, lançou sua primeira coleção de vestidos pretos, que ficou extremamente famosa, pois era muito diferente dos lançamentos da época. Ainda nessa época, o estilista criou a Linha Tonneau e o perfume Le Dix. Balenciaga, diferentemente dos outros estilistas, proibiu fotografias em seus desfiles, em que apenas a revista Vogue podia publicar algumas fotos dos eventos.
Nos anos 1950, lançou o vestido-camisa, o vestido-saco e o vestido baby-doll, criações extremamente inovadoras para a época. Nos anos 1960 e 1970, suas criações perderam força e a marca não impactava mais como nas últimas décadas. Além disso, o estilista não queria se render ao prêt-à-porter (Ready to Wear) pela alta qualidade de seus cortes e tecidos. No ano de 1972 o estilista morreu, o que fez a marca ser esquecida pela mídia por muito tempo.
A chegada de Ghesquière e a marca nos dias atuais
Apenas no final dos anos 1990, com a contratação de Nicolas Ghesquière em 1997, a marca voltou a fazer sucesso. Com peças completamente novas e contemporâneas, a marca reascendeu e em 2001 foi adquirida pela Gucci, reabrindo a loja na Avenida George V e abrindo uma nova loja em Nova York. Em 2002, começou o prêt-à-porter feminino e masculino, com peças completamente diferentes do que a marca lançava há década.
A marca nos dias atuais é um estrondoso sucesso, além de ser uma das marcas mais comentadas de 2019, tem mais de 50 lojas pelo mundo todo. Em 2012, Alexander Wang sucedeu Ghesquière na direção criativa da grife. E apenas em 2015, a marca reabriu sua loja em Madri.