Em 1995 surgia o São Paulo Fashion Week – SPFW, criado por Paulo Borges, CEO do Grupo Luminosidade especializado em produções de conteúdo. O evento se tornou o maior do segmento de moda do nacional, como um espaço de convivência e amostra dos produtos das marcas brasileiras, passando a ser um evento inovador no mundo fashion. Desde o início aconteceu de forma semianual, seguindo as grandes semanas de moda internacionais, Paris, Londres, Nova Iorque e Milão.
Em 2016, na 42° edição, o SPFW se tornou independente das estações do ano seguidas no exterior, que correspondiam ao hemisfério norte. O evento acontecerá sempre nos meses de março e agosto, datas em que as novas coleções de roupa chegam para os consumidores nas lojas. A mudança no calendário começou em 2017 com o objetivo de tornar a semana da moda mais próxima à realidade brasileira.
Em entrevista ao portal de conteúdo do SPFW, Paulo Borges afirma que “a mudança é inevitável. O que funcionava até ontem já não funciona mais. Estamos construindo o futuro e aprendendo juntos”. Ele ainda completa que os desfiles passaram a ser uma fonte direta de conteúdo e informação e são uma ferramenta de comunicação direta com o consumidor.
A 43° edição aconteceu na Fundação Bienal, no mês de março de 2017, e recebeu algumas críticas dos espectadores em relação a estrutura que diminuiu e as novas adaptações. Apesar disso, sua influência no mundo fashion brasileiro é algo que parece se manter pelos olhos dos presentes.
“Dentro da moda brasileira esse tipo de evento é uma grande oportunidade para as marcas exporem o que pensam para um público intermediário, para as multimarcas nacionais e para o público final”, afirma a relações públicas Tatiana Rosato, frequentadora há mais de 10 anos da semana de moda. Tatiana ressalta que com o passar do tempo o acontecimento ganhou proporções maiores e que se reinventa a todo momento, principalmente em relação as novas tecnologias.

A importância do fashion week acaba sendo um fator impulsionador dentro do mercado de roupas no Brasil agregando muito também às marcas que se dispõe a participar do evento. A relações públicas ainda reforça o fato de nomes da moda menos influentes participarem do calendário, e com isso ganham oportunidade de exportarem seus trabalhos representando a indústria têxtil do país. Esse é o caso da marca Sissa, um nome brasileiro que se apresentou na última edição e hoje tem seus produtos em Londres.
Para a Tatiana, a busca pela valorização do produto nacional está rompendo barreiras no quesito de matéria prima, tendo bem mais acesso e explorando os recursos. “Acredito que as marcas vão continuar percorrendo um longo caminho, seguindo por uma questão mais autoral e sem repetir padrões internacionais”, completa.
A próxima edição está prevista para agosto e ainda não tem data definida. O plano é manter as inovações e o mesmo perfil do evento. Apesar das críticas do público, sua influência na moda continua e o modo com que impulsiona novas marcas acaba mantendo a atenção do público.
Bruna Ribeiro – 2º semestre
Hi great rreading your blog
CurtirCurtir